“Agora, Senhor, considera as ameaças deles e capacita os teus servos para anunciarem a tua palavra corajosamente. Estende a tua mão para curar e realizar sinais e maravilhas por meio do nome do teu santo servo Jesus.” Atos 4: 29-30
Quanto mais eu medito sobre esta passagem, mais eu sinto que precisamos mudar a estrutura da nossa oração. Observo uma diferença gritante entre o comportamento dos nossos irmãos do primeiro século e dos nossos irmãos de hoje. Enquanto nós vemos as ameaças como sendo dirigidas a nós, em grupos ou individualmente, aqueles viram as ameaças como dirigidas a Deus.
Embora não tenham declarado de forma literal, a oração acima propõe nitidamente esta ideia. Nela, eles não pediram que os inimigos fossem mortos ou exonerados de seus cargos; não pediram que prevalecessem sobre eles ou fossem livres da perseguição. Ante as ameaças, eles pediram que pudessem pregar o Evangelho com ainda maior eficácia. O desejo deles não era de se livrarem ou de fugirem de uma situação, mas de aproveitá-la.
Outro fator importante a ser considerado é que a visão deles era o crescimento do reino e não benefício pessoal ou do seu grupo. Fazendo-me lembrar de Mardoqueu e Ester, que durante a ameaça de extermínio do povo judeu, poderiam ter tentado apelar direta e secretamente ao rei Assuero, pois ocupavam posições privilegiadas. Porém escolheram se arriscar em favor da nação, e se colocarem como intercessores do povo, ou melhor dizendo, defensores do interesse particular do Senhor.
Trazendo isso para os nossos dias, eu digo que é hora de encararmos o mundo como nos ensinam as Escrituras: “nossa luta não é contra carne”. Não lutamos por este mundo e nem pela nossa permanência nele. Lutamos pela nossa firmeza e constância na fé; lutamos pela salvação dos nossos familiares; lutamos pela expansão do reino e pela exaltação de Cristo Jesus.
Esquecemos muito rápido que o Senhor é quem cuida de nós. Amamos o Salmo 46 e o 91, mas pouco desses salmos aplicamos em nosso viver diário, e pouco impacto tem eles em nossa perspectiva de futuro. Facilmente desesperamos quando treme a terra e rugem as águas; esmorecemos quando o mal chega a porta da nossa tenda ou quando ouvimos que mil caíram ao nosso lado. Deus é refúgio e socorro presente, e ninguém pode dar ordem para que isso mude. Ele é um esconderijo e fortaleza, e nenhuma força humana ou diabólica pode subjugá-Lo.
Vamos nos achegar mais ao Senhor, pois certamente Ele se achegará a nós. O que precisamos é mais coragem e maior capacitação para anunciar o Evangelho de Cristo. Ao priorizarmos o Seu reino Ele cuidará de nós e estenderá Sua mão em nosso favor. Cura, sinais e maravilhas acontecerão.
Não tema. O nome dele é JESUS, do hebraico Yeshua, que significa: JAVÉ SALVA!
Pr André Dutra